O OUTDOOR COMO ZONA AUTÔNOMA TEMPORÁRIA: A PROFANAÇÃO DOS ESPAÇOS MIDIÁTICOS PELA COMUNICAÇÃO ATIVISTA A PARTIR DO FILME TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME

Rafael Luiz Zen

Resumo


O outdoor, um dos meios de comunicação de massa mais imponentes das visualidades urbanas, opera sob a ótica da comunicação integrada e alimenta a retórica do desejo dentro do contexto urbano. Tornar algo público significa fazer com que esse mesmo algo participe da vida compartilhada, fazer com que se estabeleça como comum entre todos. Assim, a partir do universo midiático global, percebeu-se em 2018 a notoriedade de uma produção cinematográfica que tinha no outdoor um agente de profanação de discursos sociais. Trata-se de "Três anúncios para um crime", de direção do cineasta britânico Martin McDonagh. A partir da pergunta “como o filme Três Anúncios para um Crime, de Martin McDonagh, promove uma discussão acerca das possibilidades de uso da mídia outdoor como ferramenta de práticas ativistas?”, o presente artigo objetiva compreender como a mídia de massa outdoor pode ser considerada uma zona autônoma temporária para discursos ativistas a partir da profanação de problemáticas sociais. Utilizando como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso, aponta como objetos de análise o filme supracitado e as manifestações ativistas de Grenfell Tower (Inglaterra) e Marjory Stoneman Douglas (Estados Unidos). Ao final, conclui-se que esses espaços temporários são respostas a uma complexa história do enfrentamento e da resistência das classes, encontrando nos espaços publicitários espaços-entre à disposição de profanações possíveis.


Palavras-chave


Comunicação de massa; Outdoor; Zona autônoma temporária; Profanação; Cinema; Ativismo.

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