A IMAGEM VIVA DE ALGO MORTO: POESIA E FOTOGRAFIA EM CECÍLIA MEIRELES E CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Ivens Matozo Silva, Xênia Amaral Matos

Resumo


A interrelação entre a linguagem poética e a linguagem fotográfica vem se constituindo em um campo de estudos de fertilidade crescente e sendo uma temática explorada por variados poetas. Na literatura brasileira, Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade dedicaram uma atenção especial ao tema no processo de composição de alguns dos seus poemas. No entanto, ainda há poucos estudos que abordam a intersecção entre o poema e a foto em suas produções. Assim, para uma maior compreensão da produção lírica dos dois autores, torna-se necessária a realização de abordagens que visem a investigar o papel da imagem em suas obras. Em vista disso, o presente artigo procura investigar a maneira pela qual o sujeito da enunciação lírico textualiza e lida com a fotografia, bem como evidenciar o papel a ela conferido nos poemas “Retrato falante” e “Os mortos de sobrecasaca”. Para tanto, a leitura dos poemas é feita com base nas reflexões de Roland Barthes (1994) e Giorgio Agamben (2007). Os resultados sugerem que a imagem, no poema de Cecília Meireles, reflete uma linguagem poética de conotação trágica e introspectiva, enquanto que, na poesia de Carlos Drummond de Andrade, a escrita poética ganha uma tonalidade irônica e pessimista.


Palavras-chave


Poesia; Fotografia; Cecília Meireles; Carlos Drummond de Andrade.

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