“VIADINHO SÓ SE FODE”: AUTOETNOGRAFIA DE UM PROCESSO ESCOLAR HETEROTERRORISTA

Caio César Silva Rocha, Aroldo Santos Fernandes Junior

Resumo


Os espaços educacionais ainda se constituem como ambientes reprodutores de leis, normas e aparatos que instituem aos/as estudantes a heterossexualidade como o único caminho a ser seguido, alegando uma falsa assertiva de que se trata da única sexualidade natural e saudável. Nesse sentido, a escola se encarrega, a partir de discursos opressores, machistas e homofóbicos, a “ensinar” como meninos e meninas devem se comportar de acordo com suas marcas corporais (BUTLER, 2000). Aqueles e aquelas que destoam da regra hegemônica são, na maioria das vezes, excluídos/as, hostilizados/as e, em muitos casos, assassinados/as. Refletindo a partir das perspectivas apontadas, este artigo - capítulo segundo do trabalho monográfico intitulado “Teatro não é bagunça, meu bem: por uma prática docente político-libertártia” - objetiva reverberar sobre a importância política da discussão do tema diversidade sexual nas aulas de teatro.Para tal me apoio em autores como Judith Butler (2000, 2003), Berenice Bento (2011), Guacira Lopes Louro (2000, 2014) e Denilson Lopes (2007) e construo uma autoetnografia que relata minhas experiências relacionadas às invisibilidades - refletindo sobre as invisibilidades como processo de exclusão, assim como um mecanismo de defesa - e ao heteroterrorismo, quando ainda era um jovem estudante gay de escolas públicas, do município de Brumado/BA. Tal relato tem por objetivo sensibilizar os/as artistas-docentes para que entendam sobre a urgência do debate acerca das questões sobre diversidade sexual, como também compreendam o teatro como um caminho de resistência política apto a desmantelar conceitos e preconceitos relacionados às sexualidades tidas como “desviantes”, “patológicas” e/ou “antinaturais”.


Palavras-chave


Diversidade Sexual; Autoetnografia; Prática Artístico-Docente.

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