“A CIDADE É UMA SÓ” E AS DESIGUALDADES SÃO INÚMERAS

Fábio Ávila Arcanjo

Resumo


A desigualdade social é um tema recorrente na filmografia brasileira. Podemos estabelecer como ponto de partida os filmes desenvolvidos pela “Caravana Farkas”, com destaque para os realizados na década de 1960. O ponto nevrálgico desses filmes era evidenciar as desigualdades existentes no país, fazendo um contraponto com a produção propagandista, em voga, que buscava criar imagens ufanistas do país. A partir daí, inúmeras produções voltadas para temáticas sociais foram e continuam sendo concebidas. Diante disso, é pertinente nos perguntarmos: qual a importância do trabalho de um cineasta como Adirley Queiroz? É possível responder essa questão analisando o tema abordado em seus filmes e a mise-en-scène utilizada para transformá-los em discurso fílmico, em que há um trabalho de rememoração do processo de exclusão social decorrente da construção e inauguração da cidade de Brasília. Em suma: há um abismo entre o plano piloto e as cidades satélites e o cineasta volta o seu olhar para essa relação desigual. Isto posto, adotamos como corpus para o presente artigo o documentário “A cidade é uma só?”, produzido em 2011 e nossa análise se pautará no processo de discursivização da memória.

Palavras-chave


Documentário; Desigualdade Social; Ceilândia; Memória.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17648/movideias-v24n2-1381

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