NARRATIVAS DE MULHERES NEGRAS E ACEITAÇÃO DO CABELO NATURAL COMO CRIAÇÃO DE UMA IDENTIDADE

Kátia Sara Henriques Xavier-Zeca

Resumo


Pensar na identidade, em um contexto de globalização e de constante mutação, é um desafio enfrentado por diversas sociedades. O processo de formação da identidade não é estatístico nem biológico, mas sim continuo e histórico (HALL, 2005). Vários movimentos têm emergido no sentido de defender a representatividade e aceitação do cabelo natural, em um contexto no qual assumir e aceitar o cabelo natural tem sido uma forma de aceitação e grito de liberdade pela opressão vivida em torno dos modelos estéticos eurocêntricos. É neste cenário que surge este artigo que tem por objetivo relatar a experiência de 22 mulheres no processo de transição capilar, tendo em conta desafios e constrangimentos. Recorreu-se a revisão documental embasada nos preceitos teóricos de bell hooks (1989, 2000) e a coleta de dados através de um questionário on-line. Levando em conta os resultados da pesquisa, pode-se concluir que o processo de transição, para essas mulheres, foi bom e elas se sentem satisfeitas com a escolha, contudo a grande maioria concorda que os produtos para cabelo natural são caros. Realçando ainda que muitas destas mulheres têm optado por tratar o cabelo em casa em detrimento do salão de cabelereiro.


Palavras-chave


Cabelo Natural. Carapinha. Identidade. Transição capilar. Redes Sociais na Internet.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17648/movideias-v25n2-2062

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