VULGO GRACE: A AMBIGUIDADE DA PERSONAGEM FEMININA DO ROMANCE DE MARGARET ATWOOD

Elis Regina Fernandes Alves, Ana Beatriz Santos Braz

Resumo


Neste trabalho, analisou-se a protagonista do romance Vulgo Grace (1996), de Margaret Atwood; nessa análise, verifica-se como essa personagem subverte algumas ideologias sexistas como recurso de subsistência. O trabalho tem como base as teorias feministas para o levantamento bibliográfico acerca do papel da mulher na sociedade e na literatura e das lutas por igualdade desde o século XVIII, apoiando-se em autoras como Woolf (2014), Beauvoir (1970), Showalter (2014), entre outras. Verificou-se como o sexismo potencializa a marginalização feminina, de acordo com seu comportamento na sociedade. Grace afirma não se lembrar do assassinato, porém, sua personalidade dúbia coloca em dúvida sua inocência ou culpa. A personagem era inferiorizada por ser mulher, pobre e, em tese, criminosa, sendo silenciada e tendo seu direito de defesa roubado pelo tribunal. Atwood promove uma reflexão acerca das mulheres da época, diante de uma sociedade que as inferiorizava, ao ponto de condenar uma mulher mesmo não havendo provas suficientes contra ela. Diante disso, Grace utiliza sua ambiguidade para confundir seu entrevistador e se proteger do sexismo que a cerca.

Palavras-chave


Crítica literária feminista. Vulgo Grace. Dubiedade.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17648/movideias-v25n2-2312

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