A TRANSPARÊNCIA COMO CONDUTA PARA O JORNALISTA

Marlise Viegas Brenol

Resumo


O fenômeno contemporâneo contemplado pelo termo fake news (DOURADO, 2016; WARDLE; DERAKHSHAN, 2017) impôs ao campo jornalístico, na busca de autolegitimação, ampliar ou enfatizar condutas de prestação de contas (CRAFT, HEIM, 2008; FENGLER et al., 2015) na produção da notícia, antes restritas a espaços organizacionais como coluna do editor ou ombudsman. Em ano eleitoral, como foi 2018 no Brasil, tornou-se mais relevante a atuação de uma imprensa qualificadora do debate público. A verificação de discurso político é uma das estratégias do campo do jornalismo evidenciada na cobertura eleitoral. Este artigo tem como objetivo analisar o produto da atuação do jornalista verificador de discursos políticos por meio da análise de conteúdo acerca da cobertura de entrevistas com presidenciáveis, ao longo do ano de 2018, e antes do pleito que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, no website Aos Fatos. Como resultado, evidenciamos um padrão de conduta de transparência na amostra de textos analisados. A conclusão aponta o jornalista verificador como aquele capaz de trazer à tona não apenas dados públicos, mas também o próprio método de trabalho por meio de hiperlinks de remissão a fontes de origem, visibilizando estratégias de orientação não apenas sobre o que ler, mas também como ler e conferir a notícia.

Palavras-chave


Fake news. Jornalismo. Democracia digital. Transparência. Fact-checking.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17648/movideias-v25n2-2342

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