NETNOGRAFIA DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DO BRASIL EM 2018: FONTES, ENDOSSO E SENSACIONALISMO

Autores

  • Marcelo Silva Barcelos Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
  • Mirela Souza Tobias Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Elisa Cristina Delfini Corrêa Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

DOI:

https://doi.org/10.17648/movideias-v26n2-2577

Palavras-chave:

fake news, eleições, netnografia, discurso de ódio, bolhas sociais.

Resumo

A partir de levantamento bibliográfico e abordagem netnográfica, esta pesquisa analisa as mentiras que tiveram o maior nível de engajamento na rede social Facebook, envolvendo os então candidatos (as), Jair Bolsonaro (PSL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marina Silva (REDE) e João Amoedo (NOVO). Após a seleção das fake news pelo projeto Comprova e checagem das agências Lupa e aos Fatos, examinou-se o material segundo as categorias: 1) presença ou ausência de fontes; 2) endosso (favorável/contra) e 3) sensacionalismo (foco no sistema de crenças do eleitorado), resultando em 25 fake news analisadas. Jair Bolsonaro foi o candidato mais citado, (19 fake news, sendo 15 com viés favorável e quatro desfavorável à sua candidatura). Conclui-se que as fake news tiveram alta repercussão e alcance, afetando de maneira perversa o contexto político do país, com alto poder de induzir à formação de bolhas sociais, polarização política e circulação de boatos, além de intensificar o discurso de ódio.

Biografia do Autor

Marcelo Silva Barcelos, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Jornalista, mestre e doutor em Jornalismo (UFSC). Professor de Jornalismo há 11 anos, pesquisa, sob a ótica dos Estudos de Futuro, a influência da Inteligência Artificial (AI) e da Internet das Coisas (IoT) na produção, apuração e circulação de notícias. Integra o Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos e Produção Hipermídia Aplicados ao Jornalismo — Nephi-Jor (CNPq/UFSC) e a Rede Jortec (SBPJor).  

Mirela Souza Tobias, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Possui graduação em Administração Pública pela Universidade do Estado de Santa Catarina, especialização em Gestão Pública e mestrado em Gestão da Informação pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Atualmente é assistente em administração da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Administração, mais especificamente em Gestão de Pessoas e Gestão Patrimonial.

Elisa Cristina Delfini Corrêa, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Doutora em Sociologia Política (UFSC). Docente do Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação
FAED - UDESC. 

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Publicado

23-12-2021

Edição

Seção

Artigos