O PAPEL DA FAMÍLIA NA MANUTENÇÃO DE RESPOSTAS DE ANSIEDADE

Isabela Teixeira Santos de Souza, Juliana Oliveira Rotella, Larissa de Oliveira Brito, Rosângela Araújo Darwich

Resumo


Considerando que respostas emocionais, na perspectiva da Análise do Comportamento, resultam de interações históricas e atuais entre indivíduo e contexto ambiental, investiga-se, neste estudo, o papel da família na  manifestação de ansiedade em trinta estudantes do primeiro semestre do curso de Nutrição da Universidade da Amazônia (UNAMA). Relaciona-se, assim, a ocorrência de respostas de esquiva ou de enfrentamento de situações ansiogênicas à experienciação de sintomas de ansiedade em maior ou menor grau. Neste sentido, esta pesquisa descritiva e qualiquantitativa identifica o grau de ansiedade relatado pelos participantes e o papel que apontam que a família exerce na configuração do quadro atual. Para tanto, lançou-se mão do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e de uma entrevista estruturada, que foram aplicados individualmente, em sala de aula. Com base nos resultados apresentados no BAI, 16 participantes com ansiedade severa e moderada compuseram o Grupo A, enquanto 14, com ansiedade leve e mínima, compuseram o Grupo B. 100% dos componentes do Grupo A e 79% dos  componentes do Grupo B relataram apresentar resposta de esquiva quando se  encontram em contato com situações ansiogênicas, sendo que 69% do Grupo A e 36% do Grupo B recebem ajuda da família para tanto. Respostas de  enfrentamente de situações ansiogências não foram apresentadas por componentes do Grupo A e o foram por três do Grupo B, sendo que, destes, dois recebem ajuda familiar para que tentem solucionar os problemas em questão. Verificou-se que a esquiva favorece a apresentação de níveis mais elevados de ansiedade, sendo que a ajuda familiar para a ocorrência do não enfrentamento do que é temido se faz mais presente nos casos que se tornam mais graves. Os participantes que relataram ter superado algum medo específico no passado o fizeram por meio de enfrentamente, o que não implica a adoção de postura semelhante nas circunstâncias atuais. De uma maneira geral, as famílias tendem a reforçar a resposta de esquiva dos participantes quando estão ansiosos, demonstrando falta de conhecimento sobre a ansiedade e sobre qual a forma mais adequada para ajudar em tais circunstâncias.


Palavras-chave


Análise do Comportamento, relações familiares, ansiedade.

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