A GERAÇÃO DO PEIXE FRITO E A EFÍGIE DE BELÉM DO PARÁ (OU ACADEMIA RIMA COM BOEMIA, FISIONOMIA E POESIA)

Carla Soares PEREIRA, Kátia Regina de Souza da SILVA, Vanda do Socorro Furtado AMIN

Resumo


A presente pesquisa trata da Academia do Peixe Frito (APF), uma geração de poetas, artistas, jornalistas e outros intelectuais paraenses que, nas décadas de 1920 e 30, contribuíram para alavancar as letras amazônidas, fazendo literatura com dificuldade financeira e divulgando o Modernismo no Pará. Esses escritores eram boêmios e suas reuniões, informais que eram, ocorriam principalmente em bares da cidade de Belém. De cunho bibliográfico, esta investigação baseou-se nos escritos de Bolle (2000) acerca da fisionomia da cidade; de Figueiredo (2001), sobre a história literária do Pará; de Larêdo (2012) e Nunes e Costa (2016), a respeito da APF, dentre outros. Este é um texto, portanto, que compila informações sobre os locais de reunião dos membros da APF. A partir dos dados levantados, elaboramos um mapa que pontua os principais locais de encontro do grupo. Defendemos a tese de que a obra desses autores reflete múltiplas imagens da cidade e esta é refletida na vivência dos intelectuais, que, íntimos dela, perscrutam-na nas suas andanças e a enxergam na perspectiva das suas contradições.


Palavras-chave


Academia do Peixe Frito; Cidade; Literatura; Locais de encontro; Belém.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17648/1415-7950-v15n1-1227

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