IMAGENS DE MINHA MÃE: RELATOS E EXPERIÊNCIAS DE GÊNERO ÚTERO-FILIAL

Autores

  • Maryori Katherine Cabrita Garcia Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Pará
  • Ana Cláudia do Amaral Leão Universidade Federal do Pará - UFPA

DOI:

https://doi.org/10.17648/1415-7950-v15n2-1273

Palavras-chave:

Fotografia de Nu, feminidade

Resumo

O presente ensaio narrativo, se aproxima a experiencia de gênero da autora, para escrever-se desde/sobre sua mãe e avó, visibilizando a violência de gênero avó-mãe-filia, triada social e (re)produtiva útero-filial e arquétipo da mãe dominada, como herança das feridas sociais, imaginários de feminidades magoadas e crianças rejeitadas, feitas no sistema histórico patriarcal do contexto andino-venezuelano. Além das experencias, as imagens do nu fotográfico da mãe, procura olhar a arte de viver e viver a prática artística que se restaura nos afetos, o amor e a sororidade entre mulheres. Utilizou-se na trama metodológica: o arquétipo da Órfã e a Deusa Suja da psicóloga Clarissa Pinkola Estés; a experiência de gênero da psicóloga Maria Elisa Cabral e a relação do nu fotográfico como o olhar intersubjetivo da feminidade.

Biografia do Autor

Maryori Katherine Cabrita Garcia, Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Pará

Mestranda em Artes no Programa de Pós-graduação em Artes (Ppgartes) pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Licenciada em Artes Plásticas pela Universidade Experimental Nacional das Artes (UNEARTE) (Venezuela) Bacharel em Artes Visuais na Escola de Artes Visuais Cristóbal Rojas (Venezuela) Profesora de fotografia da UNEARTE (Venezuela) Bolsista CAPES.

Ana Cláudia do Amaral Leão, Universidade Federal do Pará - UFPA

Artista e pesquisadora. Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor Adjunto II do Instituto de
Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará. Líder do grupo de Pesquisa Lab AMPE. Coordenadora da Pesquisa “Sobre pele, o rio: a paisagem
no território da Cultura atravessando o Campo da Arte” e do projeto de Extensão “Registro Permeáveis: falas de artistas para cadernos e escrituras e
diálogos entre Arte e Política na Amazônia”

Referências

`Outro constituído como simples objeto, sexualiza-o na intenção erótica de um sujeito, o ato já é a alienação do outro como simples mediação de autoerotismo´ (DUSSEL, 2013, p.57).

`self-básico da psique que é ferido desde cedo´ (ESTÉS, 2014, p.200)

`...Ir ao encontro da subjetividade, epistemologicamente sugere outro jeito de abordar-se (o superar-se?) da dicotomia antiga sujeito-objeto; é entanto, a reconstrução do devir no tempo e na memória das verdadeiras protagonistas, nas especificidades dos processos, nos entreveros da experiencia de vida de Si e do Outro, em seus modos de relação, dos aconteceres da sua própria realidade, e ademais onde uma encontra-se espelhada e até surpresa ao que está na frente de nós ao se reconhecer que existe a vida que se escuta em outras histórias...´(CABRAL, 2013, p. 497)

`existe uma dor grupal, um ferimento grupal´ (ESTÉS, 2014, p. 413)

`...a um aspecto da sexualidade feminina que, nos tempos remotos era chamado de obsceno sagrado... com o significado de uma sabedoria sexual...´ (ESTÉS, 2014, p.379)

`... não é unidimensional... é algo que compartilhamos com nosso próprio self bem...´(ESTÉS, 2014, p. 388)

`...o riso reorganiza, põe em ordem, reafirma a força e o poder... deixa as pessoas alegres...com maior consciência do amor, elevadas pelo Eros, quando ele desfaz as tristezas e as isola da raiva...´(ESTÉS, 2014, p.390)

`observar a transformação de alguns dos rituais da vida doméstica, desestabilizando assim os limites entre o público e o privado, é a criação de um novo valor social´ (HERNÁNDEZ, 2011, p.146)

`dimensão ontológica existencial´ (CABRAL, 2013, p.149)

`podem ser, então, consumida de maneira pública´ (HERNÁNDEZ, 2011, p.146)

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Publicado

2018-12-31