NARRAR PARA (SOBRE)VIVER: OS HOMENS-NARRATIVAS DE MILTON HATOUM
DOI:
https://doi.org/10.17648/1415-7950-v14n1-990Palavras-chave:
Narradores. Memória. OralidadeResumo
Ao longo da trajetória humana, diversas áreas da ciência sempre questionaram a indissociável relação entre o Homem e a Memória. Dos mais variados estudos científicos sobre essa questão, a maioria nunca satisfez por completo a curiosidade humana, apresentando “respostas” ora cientificas demais, ora filosóficas ao extremo. No caminho inverso ao traçado pelo senso comum, a Literatura foi ao encontro desta incógnita, mas não no afã de dissecá-la, senão apenas compreender essa inerência Homem/Memória no que diz respeito a formação de identidades. Em outras palavras, a Literatura, como ciência, tentou decifrar os possíveis caminhos que constroem a identidade cultural do homem pelo viés da memória, tendo como principal foco a tradição da oralidade na formação de vozes narrativas da história humana. É se aventurando às entranhas ficcionais de Relato de um certo oriente de Milton Hatoum que o presente trabalho pretende traçar um painel humano dos personagens-narradores que povoam a Amazônia, tendo como foco de estudo a reconstrução da memória a partir das vozes que transformam meros narradores convencionais em “Homens-narrativas” que, segundo Todorov, dão vida às inúmeras vozes condenadas a narrar a própria solidão.
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