LEITURA MULTIMODAL DO POEMA “ESCRÍNIO”, DE MANOEL DE BARROS
Resumo
A valorização da modalidade escrita dentro da sociedade contemporânea ─ intensa, e, muitas vezes, exclusiva ─ tem recebido inúmeras críticas de estudiosos que defendem haver limitação de significados produzidos como consequência dessa realidade. Nessa perspectiva, este trabalho tem por objetivo uma análise intersemiótica entre o poema “Escrínio” e as fotografias do início do século passado, representativas dos espaços mencionados no texto literário. Tal proposição se respalda na possibilidade de alargamento de significados produzidos a partir da leitura em diversas modalidades, incrementadas com a discussão sobre o papel da fotografia (BARTHES, 2015) Enquanto as fotos revelam pontualmente a realidade de uma cidade em seu esplendor, vivido no início do século XX o poema satiriza tal visão (CAMPOS, 2011), retratando e enaltecendo lugares e pessoas várias vezes marginalizadas pelos jornais corumbaenses da época (SOUZA, 2008).
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17648/movideias-v24n2-1389
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