ENEIDA, UMA MULHER DE RESISTÊNCIA
Resumo
O presente artigo visa a um encontro com a escritora, jornalista e produtora cultural paraense Eneida de Moraes em movimento pelo século XX e, interligada aos movimentos de transformação econômica, social, política, cultural do Brasil. E mais, destaca e coloca em circulação as atitudes vanguardistas dessa mulher que se afirmou num processo de rupturas com a tradição de sua época , documentou com sua escrita narrativas históricas e fez dela uma estratégia de resistência, por meio de uma literatura de teor testemunhal; logo, para discutir o testemunho pujante no texto da cronista buscou-se o apoio de alguns teóricos, como: Salgueiro (2011), Bosi (2002), Sarmento/Pantoja (2014), para evidenciar um estilo que
aproxima o leitor de fatos ocorridos num determinado espaço e tempo no Brasil República ao comunicar acontecimentos enunciadores da memória nacional, ao mesmo tempo que reflete a sua personalidade combatente. Esse ativismo feminista assumido com responsabilidade permitiu, também, a escuta de vozes sociais silenciadas e ignoradas por discursos patriarcalistas hierarquizantes. Para tanto utilizou-se do método qualitativo com ênfase no discurso para analisar a realidade social e a dinâmica das relações de poder presentes nas narrativas e o cenário de opressão feminina. Como resultado observou-se o investimento político durante todo o século passado e ainda necessário no século XXI como manutenção das lutas das mulheres como sujeitos de direitos, para assegurar seu pertencimento social, suas escolhas identitárias, seu lugar de fala com escuta. Verificou-se também que, a escrita feminina, em épocas anteriores foi ignorada, mas nunca ausente.Palavras-chave
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17648/asas.v19i2.2864
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ISSN:1415-7950