CÁRCERE FEMININO: SALA DE ENCONTROS, SUJEITOS, DE MOVIMENTOS IDENTITÁRIOS...

Mirna Lúcia Araújo MORAIS, José Guilherme de Oliveira CASTRO

Resumo


Este artigo tem por objetivo desvelar os sentidos produzidos pela escrita literária expandida de Eneida de Moraes, no texto Companheiras, cujo contexto histórico – a efervescência do Estado Novo, revela pela formação discursiva utilizada pela escritora identidades ameaçadas pelas inscrições políticas culturais capturadas das experiências das presas, na cela 4, da Casa de Detenção – Pavilhão dos primários. Lugar de retalhos de vida, de jogos de memória; tecido literário transformado em narrativa documental, visto que a seleção cuidadosa da linguagem constrói percepções das identidades feridas, já que ameaçadas por serem mulheres, bem como por serem filiadas ao Partido Comunista Brasileiro. Pelas transgressões de todas as ordens vivenciadas pela individualidade de cada uma e conferindo consciência de grupo, teremos a visibilidade de que a cela/o cárcere assume funções antitéticas: espaço das representações da tortura, de corpos seviciados, como ainda representação de intercâmbio de saberes, de um projeto compartilhado. A referência metodológica utilizada foi amparada pela revisão bibliográfica de escritos sobre identidades, constituição de 1937 e outros documentos.


Palavras-chave


Identidades feridas. Estado Novo. Narrativa Literária Documental. Cárcere Feminino. Formações Discursivas

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DOI: http://dx.doi.org/10.17648/1415-7950-v14n1-982

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ISSN:1415-7950