“A FORMA ESCOLAR DA TORTURA”: UMA LEITURA SOBRE O BULLYING ATRAVÉS DE RUBEM ALVES

Autores

  • Márcia Maria Vasconcelos SAMPAIO Universidade da Amazônia
  • Analaura CORRADI Universidade Federal Rural da Amazônia

Palavras-chave:

Discurso. Bullying. Escola.

Resumo

O bullying presente nos ambientes
sociais e educacionais envolve questões
de tratamento e relacionamento que
precisam ser questionados dentro do
ambiente escolar uma vez que a escola
não deve aceitar que seus alunos façam
e sofram violência. Este artigo tem
como objetivo verificar o bullying e
seus atores sociais a partir de um artigo
do escritor brasileiro Rubem Alves
chamado “A forma escolar da tortura”
escrito para A Folha de São Paulo em
31 de março de 2005. A metodologia
aplicada é de Análise do Discurso
fundamentada nos seguintes autores
Bakhtin (1999, 2011), Foucault (1986),
Magalhães (2003), Pêcheux (1995),
Orlandi (2001) dentre outros.

Biografia do Autor

Márcia Maria Vasconcelos SAMPAIO, Universidade da Amazônia

Mestranda em Comunicação,
Linguagens e Cultura pela
Universidade da Amazônia.
Possui Especialização em Língua
Portuguesa: uma abordagem
textual, em Técnicas de Tradução e
Interpretação da Língua Brasileira
de Sinais e em Educação Especial
na Perspectiva da Inclusão.

Analaura CORRADI, Universidade Federal Rural da Amazônia

Doutora em Ciências Agrárias
pela Universidade Federal
Rural da Amazônia em
Ecoagrossistemas Amazônicos.
1. INTRODUÇÃO
Os pais, quando deixam os filhos na escola,
esperam que as crianças e jovens estejam
livres de violências e que possam se
desenvolver cultural, intelectual e socialmente.
Todavia, a violência vem tomando
conta das instituições escolares, e um dos
modos em que a violência escolar atualmente,
toma forma, concretiza-se através
do fenômeno bullying que são atitudes
ofensivas e agressivas, transformando a
vida escolar de muitos alunos insuportável,
um verdadeiro transtorno para o processo
de aprendizagem.
Segundo Fante (2005), bullying é uma palavra
inglesa e significa valentão, o verbo
em português significa ameaçar, tiranizar,
oprimir, intimidar, maltratar. O conceito
de agressão escolar que é tão amplo foi
substituído pela palavra bullying que engloba
em si todas as formas de violência
como maltratar, agredir, violentar, humilhar,
assediar e abusar.
Para Bakhtin (1999) as relações sociais
nem sempre são movidas pelo diálogo,
muitas dessas relações carecem de elementos
dialógicos, e no contexto escolar,
têm-se ações isoladas em eventos que são
coletivos: professores que monologam o
tempo todo, alunos que não entendem o
que os professores dizem e professores
que não entendem o que os alunos falam.
Este artigo tem por finalidade verificar o
bullying e seus atores sociais a partir de
um artigo do escritor brasileiro Rubem
Alves chamado A forma escolar da tortura
um artigo escrito para o jornal a Folha de
São Paulo em 31 de março de 2005. O método
escolhido é de Análise de discurso e
contemplará os estudos de Bakhtin (1999,
2011), Foucault (1986), Pêcheux (1995),
Orlandi (2001) dentre outros.
O escritor Rubem Azevedo Alves nasceu
em Boa Esperança, Minas Gerais, no dia
15 de setembro de 1933 e morreu em 19
de julho de 2014. Foi escritor, educador,
psicanalista, teólogo, e ex-pastor presbiteriano.
E como educador defendeu uma
escola que partilhasse do exercício de
ensinar a ver o mundo e as pessoas com
olhos humanizados. Em seus textos, sempre
questionou a escola, porque segundo
Docente titular do Programa
de Pós-Graduação em
Comunicação, Linguagens
e Cultura, da Universidade
da Amazônia (UNAMA).
Integrante do Grupo de Estudos
Narramazônia (UNAMA/UFPA),
ITA - Interações e Tecnologia
da Amazônia (UNAMA/ UFPA)
e coordenadora do Grupo
de Estudo Capital Social e
Cultural no contexto midiático
contemporâneo(UNAMA).

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Publicado

06-03-2018

Edição

Seção

Artigos