O USO DA TECNOLOGIA SOCIAL DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA E A INTERAÇÃO DAS PARTES ENVOLVIDAS COM O SISTEMA (STAKEHOLDERS) – O CASO DAS ILHAS DE BELÉM E REGIÃO

Autores

  • Luís Lisboa Dias Núcleo de Meio Ambiente - NUMA/UFPA
  • Ronaldo Lopes Mendes Núcleo de Meio Ambiente - NUMA/UFPA

Palavras-chave:

, Ilhas de Belém, água da chuva, tecnologia social, stakeholders e desenvolvimento

Resumo

: Os moradores das ilhas de Belém e das regiões das ilhas próximas a ela possuem várias similaridades, como o isolamento, dificuldade de locomoção às cidades, baixa renda familiar e precariedade dos serviços públicos, principalmente no quesito saneamento básico, estando o acesso à água potável como um dos mais alarmantes e perigosos, pois a água representa saúde, qualidade de vida e desenvolvimento. Tais fatores ocorrem, muito das vezes, pela dinâmica dessas ilhas, baixa densidade populacional e complexidade da região amazônica, mas também pela falta de interesse do poder público em definir elas como prioritárias, fato que coloca essas populações à margem da cidadania e derrubam os seus índices de desenvolvimento humano. Nesse contexto, surge como alternativa às ações realizadas em conjunto entre o poder público, terceiro setor, iniciativa privada, e a participação direta da comunidade, através da adoção da tecnologia social de aproveitamento de água das chuvas. Mesmo com tais possibilidades, a solução desses problemas continuará sendo uma utopia se essas ações não forem realizadas de forma planejada, integrada e com a participação local. Assim, o presente artigo apresenta o quadro dos sistemas de aproveitamento de água da chuva já realizados nas ilhas de Belém e região, analisando sua forma de implantação, a integração entre as partes envolvidas (stakeholders), os resultados alcançados pelos projetos implantados, além de propor um modelos de fluxo de implantação aos moldes ao Ciclo PDCA, envolvendo os aspectos de pesquisa, financiamento, apoio estratégico, implantação, beneficiários, monitoramento, incluindo o suporte e a regulamentação. Os resultados da pesquisa demonstraram pouca integração entre as partes, baixa efetividades de alguns projetos, necessidade de continuidade das pesquisas e de mais investimentos.

Biografia do Autor

Luís Lisboa Dias, Núcleo de Meio Ambiente - NUMA/UFPA

Formado em administração, especialista em administração pública e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia - PPGEDAM, na linha de pesquisa de aproveitamento de água da chuva na Amazôna.

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Publicado

2021-03-01

Edição

Seção

2020 - Eixo 4 - Gestão pública e desenvolvimento