Desenvolvimento Local e Óleo de Palma na Amazônia: Interfaces entre o global e o local

Autores

  • Elielson Pereira da Silva Universidade Federal do Pará, Núcleo de Meio Ambiente

Palavras-chave:

Arranjos produtivos locais, Desenvolvimento Local, palma de óleo, território, agricultura familiar.

Resumo

As crises ambiental e energética contemporâneas têm induzido a remodelagem das estratégias de reprodução do capital, estimulando governos e corporações a reconfigurarem seus approaches, objetivando o aumento da competitividade e a adoção de um novo discurso alinhado aos preceitos do desenvolvimento sustentável. Nesse contexto está inserido o Programa de Produção Sustentável de Óleo de Palma, instituído pelo governo brasileiro em 2010, com o objetivo de fomentar a expansão da cadeia produtiva da palma de óleo, por meio da constituição de Arranjos Produtivos Locais (APL’s), os quais pressupõem a construção de um ambiente institucional desejável. Estas transformações na economia e no território modificam a paisagem rural e estabelecem novas relações e conflitos de interesses entre a multiplicidade de atores locais. Introduzido de forma exógena na Amazônia Legal, em especial no Estado do Pará, a cultura da palma de óleo oferece oportunidades de aproveitamento econômico de áreas antropizadas e de integração da agricultura familiar, entretanto, produz simultaneamente um rol de contradições de cunho socioambiental que precisam ser equacionadas. A análise dos eixos que formam o programa revela que o desenvolvimento local tem chance de se constituir como um instrumento eficaz de sustentação e viabilização da produção de dendê, caso os atores locais atuem de forma cooperada e inovativa, aproveitando os benefícios e externalidades positivas e a territorialidade da produção familiar rural seja assegurada.

Biografia do Autor

Elielson Pereira da Silva, Universidade Federal do Pará, Núcleo de Meio Ambiente

Possui graduação em Administração pela Universidade da Amazônia (2011), Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia pela Universidade Federal do Pará (2013). Foi Superintendente Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no período de 2008 a 2013. Tem experiência em temas como desenvolvimento territorial, agricultura familiar, economia solidária, povos e comunidades tradicionais e conservação ambiental.

Downloads

Publicado

2014-02-01

Edição

Seção

2016 Eixo 1_Práticas de Gestão, Inovação e Competitividade