PELO “GIGANTE DOS RIOS”: REPRESENTAÇÕES MARAJOARAS NA ÓTICA DE EMÍLIO CARREY
DOI:
https://doi.org/10.17648/movideias-v21n1-931Palabras clave:
Relatos de Viagem, Representação, Cotidiano, MarajoaraResumen
Nas três primeiras décadas do século XIX, o mundo amazônico com destaque para a realidade marajoara recebeu a presença do viajante francês Emílio Carrey. O resultado de sua viagem foi traduzido no romancehistórico “O Amazonas”, escrito em duas “partes – O Mulato de Marajó (Primeira Parte) e Os Revoltosos do Pará (Segunda Parte)”. Neste ensaio, fundamentados nos Estudos Culturais e na História Cultural e centrando-nos na leitura de “O Mulato de Marajó”, na primeira parte, procuramos explorar o lugar dos escritos de Carrey na historiografia brasileira e amazônica e, na segunda parte, representações construídas em torno do cotidiano das gentes marajoaras. Na hermenêutica da obra emergem visões de desprezo e possíveis preconceitos desenhados pelo excursionista sobre a nação brasileira e seus habitantes, igualmente percepções distintas nos modos de ver indígenas e negros em suas lutas diárias pela existência em tempo da guerra cabana.