A ISOTOPIA DA PÓS-MODERNIDADE EM HOTEL ATLÂNTICO, DE JOÃO GILBERTO NOLL

Autores

Palavras-chave:

Literatura Contemporânea, Modernidade Líquida, João Gilberto Noll, Hotel Atlântico

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise de Hotel Atlântico, de João Gilberto Noll, pautando-se nas teorias do consumismo pós-moderno, de Frederic Jameson e da modernidade líquida, de Zygmunt Bauman. Por meio da revisão bibliográfica e análise literária, o trabalho teve como objetivo traçar um ponto de encontro entre tais teorias e a obra de Noll, ressaltando suas peculiaridades e os traços literários recorrentes. O protagonista da obra é o anti-herói, sem biografia, que transita anonimamente entre a esquizofrenia, o desapego e outros pontos resultantes do consumismo da vida-líquida-moderna. Enquanto consome o tempo, a vida, as personagens com quem se relaciona na narrativa, ele é também por elas consumido. O sujeito é “desterritorializado’’ e levanta a problemática do homem versus lugar. Na obra, diversas são as técnicas inspiradas em outras mídias, principalmente no cinema (cenas de ações e trilha sonora, por exemplo), que contribuem para que a narrativa se aproxime do hiper-realismo. Hotel Atlântico traz as principais características de uma pós-modernidade. Para compreender tal conceito e como ele é construído na obra, pegamos emprestado da semiótica de Greimas os conceitos de isotopia e figuras discursivas.

Biografia do Autor

Letícia Moraes Lima, Doutoranda no Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo (USP).

Doutoranda no Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo (USP). Membro do grupo oficialmente certificado "Semiótica: modelos teóricos e descritivos" (USP) do Diretório Nacional do CNPq.  Sua tese de doutoramento tem por título "A noção do texto na semiótica" e discute o texto, a textualidade e os limítes textuais na semiótica e em suas áreas vizinhas das ciências humanas.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/7524306126988722

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Publicado

23-12-2018

Edição

Seção

Artigos