A TRANSPARÊNCIA COMO CONDUTA PARA O JORNALISTA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/movideias-v25n2-2342

Palavras-chave:

Fake news. Jornalismo. Democracia digital. Transparência. Fact-checking.

Resumo

O fenômeno contemporâneo contemplado pelo termo fake news (DOURADO, 2016; WARDLE; DERAKHSHAN, 2017) impôs ao campo jornalístico, na busca de autolegitimação, ampliar ou enfatizar condutas de prestação de contas (CRAFT, HEIM, 2008; FENGLER et al., 2015) na produção da notícia, antes restritas a espaços organizacionais como coluna do editor ou ombudsman. Em ano eleitoral, como foi 2018 no Brasil, tornou-se mais relevante a atuação de uma imprensa qualificadora do debate público. A verificação de discurso político é uma das estratégias do campo do jornalismo evidenciada na cobertura eleitoral. Este artigo tem como objetivo analisar o produto da atuação do jornalista verificador de discursos políticos por meio da análise de conteúdo acerca da cobertura de entrevistas com presidenciáveis, ao longo do ano de 2018, e antes do pleito que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, no website Aos Fatos. Como resultado, evidenciamos um padrão de conduta de transparência na amostra de textos analisados. A conclusão aponta o jornalista verificador como aquele capaz de trazer à tona não apenas dados públicos, mas também o próprio método de trabalho por meio de hiperlinks de remissão a fontes de origem, visibilizando estratégias de orientação não apenas sobre o que ler, mas também como ler e conferir a notícia.

Biografia do Autor

Marlise Viegas Brenol, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGCOM/UFRGS)

Doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGCOM/UFRGS). Atua como professora de cursos de graduação desde 2009 e atualmente está vinculada à Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Brasília (UnB), como professora substituta.

Downloads

Publicado

22-12-2020

Edição

Seção

Artigos