NARRATIVAS DE MULHERES NEGRAS E ACEITAÇÃO DO CABELO NATURAL COMO CRIAÇÃO DE UMA IDENTIDADE

Autores/as

  • Kátia Sara Henriques Xavier-Zeca Programa de Pós-Graduação em Ciência Politica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

DOI:

https://doi.org/10.17648/movideias-v25n2-2062

Palabras clave:

Cabelo Natural. Carapinha. Identidade. Transição capilar. Redes Sociais na Internet.

Resumen

Pensar na identidade, em um contexto de globalização e de constante mutação, é um desafio enfrentado por diversas sociedades. O processo de formação da identidade não é estatístico nem biológico, mas sim continuo e histórico (HALL, 2005). Vários movimentos têm emergido no sentido de defender a representatividade e aceitação do cabelo natural, em um contexto no qual assumir e aceitar o cabelo natural tem sido uma forma de aceitação e grito de liberdade pela opressão vivida em torno dos modelos estéticos eurocêntricos. É neste cenário que surge este artigo que tem por objetivo relatar a experiência de 22 mulheres no processo de transição capilar, tendo em conta desafios e constrangimentos. Recorreu-se a revisão documental embasada nos preceitos teóricos de bell hooks (1989, 2000) e a coleta de dados através de um questionário on-line. Levando em conta os resultados da pesquisa, pode-se concluir que o processo de transição, para essas mulheres, foi bom e elas se sentem satisfeitas com a escolha, contudo a grande maioria concorda que os produtos para cabelo natural são caros. Realçando ainda que muitas destas mulheres têm optado por tratar o cabelo em casa em detrimento do salão de cabelereiro.

Biografía del autor/a

Kátia Sara Henriques Xavier-Zeca, Programa de Pós-Graduação em Ciência Politica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciência Politica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técncia de Lisboa. Licenciada em Ciência Politica e Relações Internacionais, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Univesidade Nova de Lisboa. Integra o  Grupo de Pesquisa Processos Participativos na Gestão Pública (UFRGS). Professora da Universidade Joaquim Chissano, em Moçambique.

Publicado

2020-12-22

Número

Sección

Artigos