A técnica e a aniquilação indígena no Brasil.

Autores

  • Fernando Ressetti Pinheiro Marques Vianna Escola de Administração de Empresas de São Paulo - Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) http://orcid.org/0000-0002-5698-477X
  • Rene Eugênio Seifert Jr. Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR / PPGA
  • Stephanie Daher Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR / PPGA

DOI:

https://doi.org/10.17648/aos.v11i2.2441

Palavras-chave:

Povos indígenas, técnica, aniquilação

Resumo

O objetivo deste artigo foi analisar diferentes movimentos políticos desenvolvidos pelos governos brasileiros relacionados às responsabilidades sobre as questões indígenas. Tais movimentos são observados pela lente de Ellul (1964), e percebidos como técnicas que, com o argumento de organizar a vida social indígena, constituem tragédias. Adotamos a forma de ensaio teórico como metodologia, devido à ausência de um formalismo científico e possibilidade de apresentarmos as interpretações dos movimentos e das técnicas aplicadas em relação aos povos indígenas. Estes movimentos e técnicas são ilustrados em três diferentes momentos, que contam com técnicas especificas, mas resultam em tragédias semelhantes, a criação do Serviço de Proteção ao Índio, a criação da FUNAI e a edição da Medida Provisória 870/2019, e sua apreciação pela Nota Técnica 001/2019. Percebe-se que as diferentes regras que buscaram integrar os indígenas na realidade técnica, resultaram em exclusão e genocídio, com seus interesses sendo pautados por interesses obscuros.

Biografia do Autor

Fernando Ressetti Pinheiro Marques Vianna, Escola de Administração de Empresas de São Paulo - Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV)

Possui graduação em Administração pelo Centro Universitário Curitiba (2004) e especialização em Lean Logistics (Logística Enxuta - STP) pela PUC-PR. É mestre em Administração pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, e doutorando em Administração de Empresas na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP), na Linha de Estudos Organizacionais. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração de Empresas, atuando principalmente nos seguintes temas: estudos organizacionais, sentido e significado do trabalho, dark side das organizações, dark side da digitalização, crowdsourcing, tecnologia da informação, Indústria 4.0.

Rene Eugênio Seifert Jr., Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR / PPGA

PhD em Administração pela Universidade de Birmingham, Inglaterra (2010). Mestre (2004) e Bacharel (1999) em Administração pela Universidade Federal do Paraná. Professor do Programa de Mestrado em Administração (PPGA) e do Departamento de Gestão e Economia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. É líder do grupo de pesquisa Organizações Não Convencionais onde dedica-se à pesquisa na área de tecnologias alternativas de gestão com particular interesse para organizações que inspirem respostas positivas face à crise sócio-ecológica contemporânea. Em particular iniciativas organizacionais que permitam a convivialidade e o bem viver, e que desta forma constituam alternativas à lógica organizacional dominante. É membro da Associação Casa da Videira onde dedica-se ao resgate de saberes tradicionais, o trabalho artífice e à agricultura regenerativa como formas de construção de espaços de liberdade e resiliência comunitária. É também coordenador do Laboratório de Tecnologias Alternativas de Gestão e avaliador de artigos científicos em eventos e periódicos nacionais e internacionais da área de Administração e Organizações.

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Publicado

2022-11-08

Edição

Seção

Estudos Organizacionais e Estratégia