ESCREVER É ESCUTAR O VENTO
CONTRANARRATIVAS AFRO-INDÍGENAS E A ESCRITA COMO GESTO DE RESISTÊNCIA
Palabras clave:
Escrita, Oralidade, Contranarrativas afro-indígenas, Reflorestamento da escritaResumen
Este trabalho propõe uma reflexão sobre a escrita em perspectiva decolonial, tomando como base contranarrativas afro-indígenas e sua relação com experiência, corpo e território. A partir de vivências em sala de aula, leituras teóricas e atravessamentos subjetivos, discute-se como, para determinados povos, a escrita não pode ser dissociada da oralidade e da corporeidade. Com apoio das contribuições de Creusa Krahô, Célia Xakriabá, Ailton Krenak e dos referenciais de Jorge Larrosa e Roland Barthes, argumenta-se que a escrita afro-indígena constitui espaço de resistência e ressignificação política. Ao questionar o modelo eurocêntrico e seus mecanismos de exclusão, abre trilhas que se contrapõem à tradição ocidental que frequentemente separa escrita, experiência e ação. Tais práticas instauram uma poética que desloca a literatura da lógica ocidental e a reaproxima da vida e do território. Propõe-se, por fim, o conceito de “reflorestamento da escrita” como gesto de existência e permanência.
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Derechos de autor 2025 Maria Joscilane de Brito Sousa, André Luis Campanha Demarchi

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