RAP COMO DISPOSITIVO: RELATO SOBRE GRUPO DE ADOLESCENTES PRETAS/OS E O FAZER SAÚDE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/asas.v20i1.2945

Palavras-chave:

População Negra, Saúde Integral do Adolescente, Estratégias de Saúde, Rap.

Resumo

A reflexão sobre as particularidades que constituem o meio social se faz necessária no exercício da atenção à saúde de populações específicas, como a de adolescentes. Período de mudanças significativas, sobretudo entre pretas/os, a adolescência se configura como um momento para refletir em coletivo as experiências raciais construídas. Nesse sentido, o presente relato tem por objetivo apresentar uma vivência de discussão das questões étnico-raciais junto a um grupo de adolescentes. Para a construção de espaços de discussão, o rap foi escolhido como estratégia de aproximação e como recurso de criatividade (compreensão Winnicottiana). Sua utilização, tornou-se metodologia ideal para a expressão das experiências vividas e possibilitou a observação de marcas de uma sociedade racista e de modelos possíveis de negritude positiva. Percebeu-se o rap como estratégia potente para o fazer saúde, tendo vista o diálogo com as experiências e o acesso menos doloroso aos corpos minimamente silenciados.

Biografia do Autor

Samuel Germano do Nascimento Conselheiro, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Psicólogo Residente no Programa Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade

Graduado em psicologia pela Universidade Federal de Alagoas. Psicólogo Residente no Programa Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). Egresso do Programa de Educação Tutorial - PET Psicologia / UFAL e do grupo de pesquisa "Culturas digitais, juventudes e política: as vozes dissonantes de jovens youtubers no cenário de recrudescimento do conservadorismo". Desenvolve-se nas áreas de Estudos de Gênero, Políticas Públicas e Psicológicas, com ênfase nas questões de gênero e relações étnico-raciais.

Elaine Cristina Tôrres Oliveira, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Professora Mestre

Doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Mestrado em Saúde Pública pela Universidade Estadual da Paraíba (2012-2014). Especialização em Saúde Pública pela Universidade de Pernambuco (2009-2010). Especialização em Ciências da Educação pela Faculdade de Teologia Integrada (2010-2011). Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (2003-2007). É docente de saúde coletiva do Centro Universitário Cesmac e da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). Atuou como enfermeira da Estratégia Saúde da Família (2008-2016) nos municípios de Queimadas (PB) e Feira Nova (PE). Foi coordenadora (2017-2020) do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UNCISAL. É membro do Grupo de Pesquisa Saúde e Comunidade: buscando a integralidade do cuidado (UNCISAL) e do Grupo de Pesquisa sobre Evidências em Saúde Pública (CESMAC). Possui trabalhos principalmente nos temas: saúde pública/coletiva, envelhecimento, doenças crônicas não transmissíveis, hipertensão arterial sistêmica e uso e acesso de serviços de saúde. Temas que tem interesse: Saúde Coletiva, Epidemiologia, Envelhecimento, Condições de saúde, Desigualdades no uso e acesso de serviços de saúde.

Marcos Ribeiro Mesquita, Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Professor Doutor

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (1997), mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001) e doutorado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Atualmente é professor da Universidade Federal de Alagoas, onde ensina no curso de Psicologia, no Programa de Pós-graduação em Psicologia e é pesquisador da temática da juventude com ênfase na esfera da participação política. Também tem se debruçado a estudar gênero e sexualidade desenvolvendo várias pesquisas nessa área.

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Publicado

2023-06-30