IMAGENS DE MINHA MÃE: RELATOS E EXPERIÊNCIAS DE GÊNERO ÚTERO-FILIAL
DOI:
https://doi.org/10.17648/1415-7950-v15n2-1273Palavras-chave:
Fotografia de Nu, feminidadeResumo
O presente ensaio narrativo, se aproxima a experiencia de gênero da autora, para escrever-se desde/sobre sua mãe e avó, visibilizando a violência de gênero avó-mãe-filia, triada social e (re)produtiva útero-filial e arquétipo da mãe dominada, como herança das feridas sociais, imaginários de feminidades magoadas e crianças rejeitadas, feitas no sistema histórico patriarcal do contexto andino-venezuelano. Além das experencias, as imagens do nu fotográfico da mãe, procura olhar a arte de viver e viver a prática artística que se restaura nos afetos, o amor e a sororidade entre mulheres. Utilizou-se na trama metodológica: o arquétipo da Órfã e a Deusa Suja da psicóloga Clarissa Pinkola Estés; a experiência de gênero da psicóloga Maria Elisa Cabral e a relação do nu fotográfico como o olhar intersubjetivo da feminidade.
Referências
`Outro constituído como simples objeto, sexualiza-o na intenção erótica de um sujeito, o ato já é a alienação do outro como simples mediação de autoerotismo´ (DUSSEL, 2013, p.57).
`self-básico da psique que é ferido desde cedo´ (ESTÉS, 2014, p.200)
`...Ir ao encontro da subjetividade, epistemologicamente sugere outro jeito de abordar-se (o superar-se?) da dicotomia antiga sujeito-objeto; é entanto, a reconstrução do devir no tempo e na memória das verdadeiras protagonistas, nas especificidades dos processos, nos entreveros da experiencia de vida de Si e do Outro, em seus modos de relação, dos aconteceres da sua própria realidade, e ademais onde uma encontra-se espelhada e até surpresa ao que está na frente de nós ao se reconhecer que existe a vida que se escuta em outras histórias...´(CABRAL, 2013, p. 497)
`existe uma dor grupal, um ferimento grupal´ (ESTÉS, 2014, p. 413)
`...a um aspecto da sexualidade feminina que, nos tempos remotos era chamado de obsceno sagrado... com o significado de uma sabedoria sexual...´ (ESTÉS, 2014, p.379)
`... não é unidimensional... é algo que compartilhamos com nosso próprio self bem...´(ESTÉS, 2014, p. 388)
`...o riso reorganiza, põe em ordem, reafirma a força e o poder... deixa as pessoas alegres...com maior consciência do amor, elevadas pelo Eros, quando ele desfaz as tristezas e as isola da raiva...´(ESTÉS, 2014, p.390)
`observar a transformação de alguns dos rituais da vida doméstica, desestabilizando assim os limites entre o público e o privado, é a criação de um novo valor social´ (HERNÁNDEZ, 2011, p.146)
`dimensão ontológica existencial´ (CABRAL, 2013, p.149)
`podem ser, então, consumida de maneira pública´ (HERNÁNDEZ, 2011, p.146)
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