LYGIA FAGUNDES TELLES E O FEMININO EM “O JARDIM SELVAGEM”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/asas.v18i2.2460

Palavras-chave:

Lygia Fagundes Telles. Conto. Representação. Feminino.

Resumo

Em 1970, a editora Bloch publicou a antologia de contos Antes do Baile Verde, de Lygia Fagundes Telles. O espaço ocupado pelo feminino no desenrolar das narrativas é notório. Lygia, de fato, investe atenção singular às suas figurações de mulheres e, muitas vezes por um viés irônico, incita questionamentos sobre as relações de gênero e os papéis sociais predefinidos. Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise do feminino no conto “O jardim selvagem”, publicado no Baile, na qual se enfocam as personagens Daniela, Ducha e Pombinha, considerando, através dos elementos narrativos as diferentes representações de mulher em negociação no Brasil da segunda metade do século 20. O conto analisado se trata de uma narrativa lygiana ainda pouco abordada pela crítica especializada, a despeito de sua qualidade literária e das sempre atuais questões de gênero e representação que o texto coloca. Como resultado destacamos que, desempenhando diferentes funções no enredo e simbolizando variadas performances de feminino, as três figuras se revelam por vezes ambíguas, mas sempre ricas e dinâmicas.

Biografia do Autor

Sandrine Robadey Huback, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso

Mestra em Estudos Literários pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Revisora de texto no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).

Vinícius Carvalho Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Professor do Departamento de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Doutor em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Publicado

2021-12-22