O LUGAR DO INDÍGENA EM VÍDEOS DE MOBILIZAÇÃO POLÍTICA: TENSÕES ENTRE SUBJETIVIDADES E REGIMES DE VISIBILIDADE
DOI:
https://doi.org/10.17648/asas.v20i1.2998Palavras-chave:
Mobilização política, Greenpeace Brasil, Munduruku, Regimes de visibilidade, Vídeos.Resumo
Este artigo consiste em análise de conteúdos audiovisuais da organização não governamental (ONG) Greenpeace Brasil publicados durante campanha contrária à instalação de barragens no rio Tapajós, no Pará. O corpus se concentra em três vídeos, nos quais jovens Munduruku narram suas experiências cotidianas na aldeia Sawré Muybu e destacam seus pontos de vista sobre a ameaça ao território. Considerando que a ONG tem potencial para atuar como um dispositivo de subjetivação política no campo das lutas socioambientais, desmembramos os vídeos em camadas de textos e imagens para avaliar se concentram características que permitam a reconfiguração de regimes de visibilidade e a exploração das potências políticas e criativas na criação de demandas. Identificamos marcadores que indicam caminhos para realocação do lugar dos indígenas em vídeos de mobilização política, no entanto, em processo permeado por tensões e modulações discursivas que comprometem o potencial enunciativo dos sujeitos em questãoDownloads
Publicado
2023-06-30
Edição
Seção
Artigos