AFIRMAR PRESENÇAS, DISPUTAR MEMÓRIAS: A PERCEPÇÃO DO TERRITÓRIO NA PEQUENA ÁFRICA RJ
DOI:
https://doi.org/10.17648/asas.v20i2.3084Palavras-chave:
Percepção. Memória. Ancestralidade. Negritude. Disputas Territoriais.Resumo
O presente artigo é movido por uma questão central: é possível disputar a memória de um lugar? E este lugar é a área portuária do Rio de Janeiro. Atravessada por um grande projeto urbano que promove o consumo do espaço, de seus ícones bem como de um novo ethos, a área pode, contudo, ser percebida como território da ancestralidade negra. Para esta percepção dos repertórios de ação material e imaterial no lugar da Diáspora Africana, foram utilizados percursos, derivas, corpografias, cartografias críticas, colagens e mosaicos. Tais instrumentos foram definidos a partir de conceitos, transformados em orientações teórico-metodológicas norteadores da leitura: apagamentos, disputas de lugar, desobediência epistemológica nos estudos urbanos, afirmação da negritude no espaço, narrativa espacial afrodiaspórica, grafagens territoriais e percepção da memória. Mais do que reparação, se trata de produzir um conhecimento que busque disputar sentidos e afirmar presenças no território.