A ESCRITA COMO CONTORNO À MORTE NO ROMANCE UM SOPRO DE VIDA, DE CLARICE LISPECTOR
Palavras-chave:
Escrita, Criação, Morte, Um sopro de vida, Clarice LispectorResumo
Este artigo traz algumas reflexões sobre a escrita como possibilidade de um contorno simbólico à morte com base na leitura do romance Um Sopro de Vida, de Clarice Lispector. Para tanto, seguindo as perspectivas de Freud e Lacan, buscou-se primeiro abordar a relação do belo com a morte na criação de contornos simbólicos em volta do processo de morte e morrer para, em seguida, fazer um diálogo entre Um Sopro de Vida e a Antígona de Sófocles a partir da hipótese da escrita e do túmulo como possibilidades de fazer tais contornos. Para fundamentar esta discussão, partiu-se da noção de entre-duas-mortes apresentada por Lacan em seu comentário sobre a Antígona, bem como das observações de Jeanne Marie Gagnebin sobre a relação entre morte, escrita e memória. Apoiada nesta discussão, a leitura do romance de Lispector possibilitou pensar a escrita não só como um conforto frente a iminência da morte, mas também como uma forma de preservação da memória do morto.
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Copyright (c) 2024 Gabrielle de Kassia Carrera de Oliveira, Hevellyn Ciely da Silva Corrêa, Camila Backes dos Santos

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