CUIR: EXPOSIÇÃO INDEPENDENTE
DOI:
https://doi.org/10.17648/1415-7950-v15n2-1274Palabras clave:
queer, educação, arte, gênero, sexualidadeResumen
“CUIR” é uma proposição; uma exposição transviada realizada no Espaço Casulo Cultural durante maio de 2017, originada do desejo de ação genuína de reconfigurar imagens e possibilitar novos olhares sobre a arte que estava sendo feita em Belém por jovens artistas paraenses, o presente texto apresenta reflexões curatoriais e de ações políticas no campo das artes como possibilidade para discussões relacionadas a gênero e sexualidade. Os trabalhos artísticos apresentados confrontam as estruturas identitárias normativas, e se localizam
nesse existir - resistir - que está na fronteira, ou para além dela. Diferente de programas multiculturais bem intencionados, onde as diferenças tanto sexuais, de gênero e raciais são toleradas ou apreciadas como meras curiosidades exóticas, a exposição CUIR estaria inserida muito mais em um processo de apresentação das diferenças como evidência da instabilidade e precariedade das identidades instituídas. Colocando para debate as formas como o outro é constituído, se é questionado as estreitas relações do eu com o outro. “A
diferença deixaria de estar lá fora, do outro lado, alheia ao sujeito, e seria compreendida como indispensável para a existência do próprio sujeito: ela estaria dentro, integrando e constituindo o eu” (Louro, 2001. p.550). Ao se falar de uma educação cuir ligada a arte não seria suficiente denunciar a negação e repressão para os que operam fora da norma regente, e sim desconstruir o processo pelo qual alguns sujeitos se tornam normalizados e outros marginalizados. Sendo possível ser utilizada como uma maneira de entender o próprio corpo, construções e afirmações identitárias e suas relações e expressões sociais.Partindo de um relato de experiência do período de maio de 2017 este artigo é uma reconfiguração do artigo defendido para a Graduação em Artes Visuais e Tecnologia da Imagem da UNAMA - Universidade da Amazônia.
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