ENTRE VIOLAS, PANDEIROS E CUIAS: O QUE CONTAM AS NARRATIVAS ORAIS NO SERTÃO DA BAHIA – A CHULA

Autores/as

  • IONE ARAÚJO DOS SANTOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
  • ROBERTA MOTA SANTOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
  • DENISE DIAS DE CARVALHO SOUSA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

DOI:

https://doi.org/10.17648/1415-7950-v16n1-1385

Palabras clave:

Oralidade, Samba de Roda, Chula, Memória.

Resumen

Uma das formas mais antigas de se conhecer a história é por meio da oralidade, não há povo sem narrativas orais em sua história. Isto posto, e levando-se em conta a sua importância na formação das sociedades, principalmente as narrativas de conhecimento popular, as quais têm se mantido, mesmo no mundo contemporâneo, pretende-se neste artigo refletir acerca da influência das narrativas orais para a difusão de conhecimentos, valores e memórias, a partir do samba de roda da comunidade de Várzea do Poço- BA, em especial o samba chula, propósito de nossa análise. Como não existe a prática de registros escritos das canções compostas pelos sambadores, a chula selecionada, de autoria do Sr. Antônio Xavier, foi obtida por meio de gravação de voz, literalmente transcrita. As discussões e análises permeiam os estudos das Narrativas Orais, do Samba de Roda, da Chula e da Memória, sob o embasamento teórico dos estudos de Bernardes (2017), Doring (2013), Exdell (2017), Lemos (2014), Oliveira (2012), Halbwachs (2006) e Le Goff (1990). Percebeu-se que as narrativas orais representam, como atos de narrar e interpretar, o presente-passado, bem como contribuem na construção de uma identidade, inscrevendo-se no fazer das muitas memórias e das muitas histórias. 

Biografía del autor/a

IONE ARAÚJO DOS SANTOS, UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

Graduanda em Letras, Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia -UNEB Campus IV – Jacobina. Integrante do Grupo de Pesquisa Linguagem, Estudos Culturais e Formação do Leitor (LEFOR).

ROBERTA MOTA SANTOS, UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

Graduanda em Letras, Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia -UNEB Campus IV – Jacobina. Integrante do Grupo de Pesquisa Linguagem, Estudos Culturais e Formação do Leitor (LEFOR).

DENISE DIAS DE CARVALHO SOUSA, UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

DOUTORA EM LETRAS (TEORIA DA LITERATURA) PUCRS

DOCENTE PERMANENTE DO MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDPROFESSORA ADJUNTA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

LÍDER DO GRUPO DE PESQUISA LINGUAGEM, ESTUDOS CULTURAIS E FORMAÇÃO DO LEITOR - LEFOR

MEMBRO DA ACADEMIA JACOBINENSE DE LETRAS

Citas

BERNARDES, Marcus. Brincando de samba: as “rodas” fora da Política Patrimonial, ACENO, v. 4, n. 7, p. 83-102, jan./jul., 2017. Cultura Popular, Patrimônio e Performance (Dossiê).

DÖRING, Katharina. Samba chula do recôncavo baiano: Tanz, Musik, Spiel und Lebensfreude!, PopScriptum, 11 – The Groove issue, 2013.

EXDELL, Charles. Violeiro de samba: retratos do samba de roda no sertão baiano. Salvador, 2017.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Trad. Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Trad. Bernardo Leitão et al. Campinas, SP Editora da UNICAMP, 1990.

LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Por uma roda de saberes: cultura e formação no samba de roda do recôncavo baiano. Salvador,2014.

OLIVEIRA, Hebert Santos. Disputa de hegemonia na Chapada: crise política, nacionalismo de esquerda e golpe civil-militar em Jacobina-BA. In: Anais eletrônicos - VI Encontro Estadual de História - ANPUH-BA VI Encontro Estadual de História, Ilhéus-Bahia, 2012.

Publicado

2019-07-12