O MITO DO (JURA)BOTO: UM ESTUDO SOBRE ENCANTARIAS E IMAGINÁRIO NA POÉTICA DE ANTONIO JURACI SIQUEIRA

Autores/as

  • Geovane Silva Belo Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Victor Salgado de Melo Universidade Federal Rural da Amazônia

DOI:

https://doi.org/10.17648/asas.v18i1.2428

Palabras clave:

Cultura Amazônica. Mito do Boto. Juraci Siqueira. Poética do imaginário. Literatura da Amazônia.

Resumen

Este trabalho tem como desígnio analisar a poética do imaginário amazônico e a representação do Boto na escrita do poeta Antonio Juraci Siqueira e mostrar como essa linguagem de encantarias forma a cosmogonia do universo amazônico. O corpus da pesquisa são dois poemas presentes na antologia poética “Incêndios e Naufrágios” (2007). O estudo se subsidiará em autores do campo do imaginário, em especial o amazônico, dentre eles Paes Loureiro (2000, 2008, 2009, 2016), procurando evidenciar como o mito do boto se traduz na poética e atravessa a realidade do universo amazônico. Com isso, as reflexões propostas procuram demonstrar como este encantado afeta a realidade do universo amazônico e está presente na obra/vida do poeta denominado Juraboto. Espera-se que seja possível entender como as obras de Juraci Siqueira, ligadas ao universo amazônico, representam os traços desta cultura multifacetada e impregnada pela viscosidade espermática e fecunda do imaginário (LOUREIRO, 2016).

Biografía del autor/a

Geovane Silva Belo, Universidade Federal Rural da Amazônia

Doutorado em Educação pela UFPA/PPGED na linha Educação, Cultura e Sociedade. Mestrado em Artes pela UFPA/PPGARTES, pós-graduação em Ensino e Aprendizagem de Língua Portuguesa e Literaturas pela mesma instituição. Graduação em Letras pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Atua como Docente do Curso de Letras na Universidade Federal Rural da Amazônia em Tomé-açu, onde coordena o Projeto de Extensão Tecituras, integra o Projeto de Pesquisa Geofala e o GELICS, Grupo de Estudo em Literatura, Cultura e Sociedade. Suas experiências acadêmicas se voltam para a trajetória intelectual e o pensamento de intelectuais da Amazônia paraense e para a relação entre Literatura da Amazônia e Cultura Amazônica, narrativas, discursividades, oralidades e identidades. Desenvolveu estudos sobre Cinema, imaginário e estereótipos sobre a Amazônia. Também é compositor e escritor, recebeu em 2012 o Prêmio Dalcídio Jurandir da Fundação Cultural do Pará pelo livro Pequenas Divagações no Tempo. Participou como recitador do projeto A Noite é uma Palavra no CENTUR (Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves) e do Circuito Literário Banco da Amazônia. Lançou os livro de crônicas "A semântica da Tristeza" (2019) e, com o apoio da Lei Aldir Blanc o livro-live "Estardalhaço" (2021). 

Victor Salgado de Melo, Universidade Federal Rural da Amazônia

Graduado em Letras - Língua Portuguesa (UFRA, 2019) e Inglesa (UNICESUMAR, 2021). Foi bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) como membro do programa Residência Pedagógica (2018-2020). No momento, cursa a Pós-Graduação em Educação Social e Cidadania pelo Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR). Possui experiências acadêmicas nas seguintes temáticas: Literatura e ensino; Letramento literário; Cultura amazônica; Mito, Encantarias e Poéticas do imaginário na Amazônia.

Publicado

2021-06-29