DA “ORDEM UNIDA” AO “ESPÍRITO DE CORPO”: O FEMININO NO DISCURSO POLICIAL MILITAR

Autores/as

  • Georgia Castro Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS
  • Palmira Alvarez Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.17648/asas.v18i2.2488

Palabras clave:

Mulher. Discurso. Corpo. Policial. Memória.

Resumen

A Análise de Discurso de vertente materialista (AD) teve como precursor Michel Pêcheux, se constituindo epistemologicamente como uma teoria não-subjetiva da subjetividade onde o sujeito não é dono do seu dizer, mas é afetado pela ideologia, história e inconsciente. O seu objeto, o discurso, é definido como o efeito de sentido entre os pontos A e B, sendo estes as representações dos sujeitos no discurso a partir da conjunção entre língua e história. Sabendo que o corpo, no campo da AD, é considerado como uma materialidade discursiva, consideramos que ele é objeto de inscrição ideológica e de valores e atributos que contribuem para construção dos processos identitários dos sujeitos, constituindo-os em uma posição ou forma sócio-histórica. Neste sentido, buscamos refletir neste artigo, sobre as formas pelas quais o corpo feminino foi representado e construído discursivamente no discurso policial militar. Para tanto, o corpus escolhido foi uma matéria publicada no Jornal A Tarde, nos anos de 1990, que retratou o início do treinamento das primeiras mulheres a ingressarem nas fileiras da Polícia Militar da Bahia (PMBA). Buscamos, portanto, pensar os modos pelos quais o corpo feminino foi discursivizado com base nas normas, regras e estética policial militar destacando pela memória discursiva, o papel da historicidade e da concepção de assujeitamento do sujeito, atravessado pela língua e história e interpelado pela ideologia, utilizando-nos assim, das categorias analíticas da AD como aporte teórico metodológico.

Biografía del autor/a

Georgia Castro, Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Mestre em Estudos de Linguagem (PPGEL) pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Palmira Alvarez, Universidade Estadual de Feira de Santana

Professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) e Professora titular do Departamento de Letras e Artes (DLA) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Análise de Discurso (GEPEAD).

Publicado

2021-12-22