“OCUPAR AS TELAS E DEMARCAR AS REDES”: JUVENTUDES INDÍGENAS E COMUNICAÇÃO DIGITAL

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.17648/asas.v20i1.2937

Palabras clave:

Comunicação decolonial, Juventudes indígenas, ATL 2020, Comunicação Digital, Saberes Indígenas.

Resumen

Busca-se compreender os sentidos produzidos pelas juventudes indígenas sobre comunicação digital a partir de sua atuação no Acampamento Terra Livre (ATL), reconhecido como a maior mobilização indígena do Brasil e realizado, pela primeira vez de forma digital, em 2020, em função da pandemia de Covid-19. O referencial teórico é orientado pelo paradigma praxiológico da Comunicação (FRANÇA; SIMÕES, 2017), com enfoque para o ativismo digital (CASTELLS, 2017) e pela epistemologia decolonial (CASTRO, 2019; TORRICO, 2018) que contempla os saberes indígenas (POTIGUARA, 2019; KRENAK, 2019; XAKRIABÁ, 2018; KAMBEBA, 2018). Por meio da análise de live do ATL, discutem-se seis categorias de discursos mobilizados pelas juventudes indígenas ao tratarem sobre comunicação digital: autocomunicação; direito; mediações; espaço de lutas; interação; e visibilidade. Conclui-se que a comunicação é vista como um direito e também como um instrumento de luta, ao mesmo tempo em que institui novas temporalidades.

Biografía del autor/a

Lorena Cruz Esteves, Universidade Federal do Pará

Doutora em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia da Universidade Federal do Pará (PPGCOM/UFPA); Servidora pública Jornalista na Secretaria de Comunicação do Estado do Pará (SECOM/PA); Mestre em Comunicação (PPGCOM/UFPA), com bolsa auxílio Capes; Especialista em Letras, Língua Portuguesa (ILC/UFPA) e Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Foi Professora Substituta da Faculdade de Comunicação, da Universidade Federal do Pará (2016-2018). Faz parte do Grupo de Pesquisa Comunicação, Política e Amazônia (Compoa) e dos Projetos de Pesquisa “Mídia, debate público e negociação de sentidos sobre o trabalho doméstico”; “Comunicação, política e gênero: configurações discursivas das mulheres como sujeitos políticos em diferentes âmbitos comunicacionais”; "Deliberação em escolas públicas: criando capacidades deliberativas" e "Observatório de Comunicação, Culturas e Resistências na Pan-Amazônia". Possui experiência nas áreas de assessoria de comunicação, Rádio e TV, com produção, reportagem e edição, em organizações comerciais, públicas e do Terceiro Setor. Interesses de Pesquisa: - Mídia e Direitos Humanos - Comunicação e Multimídias - Interseccionalidades - Feminismos - Decolonialidades - Povos tradicionais - Ética na Comunicação - Interações e Tecnologias na Amazônia.

Rosaly de Seixas Brito, Universidade Federal do Pará

Graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Realizou mestrado em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Doutora em Ciências Sociais, área de concentração em Antropologia, pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFPA. É professora associada da Faculdade de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia da UFPA. Pesquisa as interfaces entre comunicação, política e relações de poder, juventudes, práticas comunicativas e participação política, dinâmicas culturais na Amazônia, no diálogo entre a Comunicação e a Antropologia. Coordena, atualmente, o projeto de pesquisa Tecendo sentidos entre redes e ruas: percepções, participação política e práticas comunicacionais de jovens na Amazônia. Organizou, juntamente com Danila Cal, o livro “Comunicação, gênero e trabalho doméstico: das reiterações coloniais à invenção de outros possíveis” (CRV, 2020). É uma das líderes do grupo de pesquisa Comunicação, Política e Amazônia (Compoa).

Danila Cal, Universidade Federal do Pará

Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutora em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com pós-doutorado em Comunicação (UFMG). É Professora da Faculdade de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia da UFPA e uma das líderes do Grupo de Pesquisa Comunicação e Política na Amazônia (Compoa). Coordenou o GT Comunicação e Política da Compós, em 2017 e 2018, e foi vice-presidente da Compolítica (2017-2019). Conquistou o Prêmio de Teses Eduardo Peñuela – 2015 da Compós e menção honrosa no Prêmio Compolítica de Teses (2013-2014). É autora de “Comunicação e Trabalho Infantil Doméstico: política, poder, resistências” (Edufba, 2016) e organizadora, juntamente com Rosaly Brito, de "Comunicação, Gênero e Trabalho Doméstico: das reiterações coloniais à invenção de outros possíveis" (CRV, 2020).

Nathália de Sousa Fonseca, Universidade Federal do Pará

Doutoranda em Ciências da Comunicação no Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCom) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestra pelo programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da Universidade da Amazônia (Unama). Integrante do grupo de pesquisa Comunicação, Política e Amazônia (Compoa-UFPA/CNPq). Pesquisadora das interfaces entre comunicação, política, gênero, relações de poder/empoderamento e práticas político-feministas na internet a partir da perspectiva do Sul Global. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES).

Rosane Steinbrenner, Universidade Federal do Pará

É jornalista e possui doutorado em Desenvolvimento Socioambiental pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) e pós-doutorado na área da Sociologia pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA - UFPA). É professora associada da Faculdade de Comunicação (FACOM/UFPA) e do Programa de Pós-graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCOM/UFPA). Coordena o Projeto de Pesquisa "Conflitos socioambientais, comunicação e resistências na Amazônia brasileira" (PPGCOM-UFPA) e o Grupo de Pesquisa “Observatório de Comunicação e Resistências”. Busca compreender os processos sociais e de midiatização na perspectiva do pensamento crítico latino-americano, pela vertente da ecologia política e do pensamento decolonial.

Publicado

2023-06-30