A SECUNDARIZAÇÃO DO TRABALHO FEMININO NOS SETORES DE TI E DE COSTURA PELA ÓTICA DA COMUNICAÇÃO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.17648/asas.v20i1.2938

Palabras clave:

Comunicação, Gênero, Trabalho, Profissionais de TI, Costureiras.

Resumen

O artigo busca refletir, a partir do campo da Comunicação, sobre os conceitos que envolvem a divisão sexual do trabalho (KERGOAT, 2009), a secundarização da força de trabalho feminina (ABRAMO, 2007) e a sua incorporação rebaixada no mercado de trabalho. Há especial interesse em refletir porque as mulheres são maioria quando se fala de trabalho tradicional, força de trabalho barata e precarizada, e quais condicionantes dessa inclusão ainda persistem no capitalismo de plataforma (SRNICEK, 2019). Se por um lado a comunicação desempenha papel central no desenvolvimento e manutenção das cadeias de produção, sobretudo às relacionadas ao capitalismo de plataforma, por outro, a divisão sexual do trabalho e os discursos estereotipados contribuem para aprofundar a precarização do trabalho feminino e o preconceito. A análise se dá por meio de levantamento bibliográfico e entrevistas com trabalhadoras e chega à conclusão de que o trabalho, tanto no setor de TI, quanto no trabalho tradicional de costura, é gerenificado a partir de posição e disposição.

Biografía del autor/a

Mayra Castro Vizentin, Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo

Mestranda em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (PPGCOM-ECA-USP), especialista em Marketing (MBA) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (2021) e graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2012) - bolsista do Programa Universidade para Todos, ProUni. Integrante do Centro de Pesquisa Comunicação e Trabalho (CPCT) da ECA/USP

Yonara Santana, Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo

Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (PPGCOM-ECA-USP), especialista em Mídia, Informação e Cultura pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (CELACC-USP) e bacharel em jornalismo pela Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM). Integrante do Centro de Pesquisa Comunicação e Trabalho da ECA/USP. 

Roseli Figaro, Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo

Professora titular da Universidade de São Paulo, bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq, Nível 2. É coordenadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT). Coordena o projeto temático Fapesp (2023-2028) Datificação da atividade de comunicação e trabalho de arranjos de comunicadores: os embates com as determinações das empresas de plataformas. Coordena na USP, convênio com a Universidade de Oxford, para a pesquisa Fairwork Brasil. É membro do Conselho gestor do INCT-DSI/ CNPq. Presidenta da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação (COMPOS). Diretora editorial da Revista Comunicação & Educação. Professora convidada da Celsa - Sorbonne Université (2018). Em 2020 e em 2021, coordenou, no CPCT, a pesquisa Como trabalham os comunicadores em tempos da pandemia da covid-19? Coordenou o Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação da USP de ago 2017 a set. 2021. Diretora de relações internacionais da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Comunicação Intercom, entre 2017-2020. Professora visitante do Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Occidente, ITESO, México. Possui estágio de pesquisa pós-doutoral no CIESPAL (2016) e pós-doutorado pela Universidade Aix-Marseille, França (2007), doutorado(1999) e mestrado (1993) em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo; e graduação em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero (1981). Foi coordenadora do GT Recepção: processos de interpretação, uso e consumo midiático da COMPOS, entre 2015-2018. Chefe do Departamento de Comunicações e Artes (2012-2014/ e 2014-2016). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Linguagem Verbal, Comunicação e Trabalho e Teorias da Comunicação, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação e mundo do trabalho, comunicação e discurso; comunicação/educação. Tem inúmeros artigos publicados em revistas científicas nacionais e estrangeiras, capítulos de livros e os livros: "Discurso jornalístico e condições de produção em arranjos econômicos alternativos às corporações de mídia" (2021);"As relações de comunicação e as condições de produção no trabalho de jornalistas em arranjos econômicos alternativos às corporações de mídia" (2018), "As mudanças no mundo do trabalho do jornalista de São Paulo" (2013), também traduzido para o espanhol (Los cambios en el mundo del trabajo del periodista) e publicado pela Universidade Autonoma de Barcelona; "Relações de Comunicação no mundo do trabalho" (2008); "Comunicação e Análise do Discurso" (2012); "Comunicação e trabalho. Estudo de recepção: o mundo do trabalho como mediação da comunicação"(2001).

Publicado

2023-06-30