BRUNO DE MENEZES E LÉOPOLD SÉDAR SENGHOR: POÉTICA, NEGRITUDE E RELIGIOSIDADE

Autores

  • Mariana Janaina dos Santos Alves Universidade Federal do Amapá - UNIFAP

DOI:

https://doi.org/10.17648/1415-7950-v15n1-1028

Palavras-chave:

Poética, Negritude, Religiosidade, Modernismo.

Resumo

O artigo apresenta reflexões críticas e algumas considerações teóricas sobre os aspectos de religiosidade e da negritude contidos no poema Toiá Verequête, retirado do livro Batuque de Bruno de Menezes. O poema analisado foi publicado, pela primeira vez, em 1931. Sabemos que Batuque, ao longo do século passado, recebeu várias edições, dentre elas, citamos algumas, como a de 1966, 1984, 1993 e 2005. A obra, ao nosso ver, é uma das mais importantes da expressão poética moderna na Amazônia e Bruno de Menezes é um escritor fundamental deste período, pois, ele apresenta em seus livros uma abordagem inovadora da lírica do norte do Brasil com usos particulares da linguagem, personagens marcadas pela cor local, cenas do cotidiano popular, além da escrita registrada pela musicalidade, o ritmo, a religiosidade e a festa. Por esse motivo, escolhemos para esta análise, um poema retirado da edição especial comemorativa que foi lançada em Belém, no ano de 1966. Assim, o artigo, que ora se apresenta, discorre sobre a religiosidade, o misticismo e a negritude no poema citado aliando os postulados da literatura, aos estudos culturais e antropológicos, como vieses complementares. Os autores escolhidos nessas perspectivas teóricas foram Bosi (2010), Ferretti (1996/1997) e Ribeiro (1995). Destarte, para comparar a poética meneziana vista sob os aspectos da negritude, citamos elementarmente outro autor, desta vez, oriundo da literatura moderna francófona, o intelectual Léopold Sédar Senghor. Destacamos, por fim, que o artigo se compõe a partir dos estudos realizados em tese de doutorado, pesquisa que se encontra em andamento, intitulada Tradução Cultural, Intersemiótica e Négritude nos poemas de Bruno de Menezes de Léopold Sédar Senghor: Modernismo na obra Batuque e Éthiopiques, desenvolvida na Universidade Estadual Paulista- UNESP.

Biografia do Autor

Mariana Janaina dos Santos Alves, Universidade Federal do Amapá - UNIFAP

Professora de língua e literatura francesa na Universidade Federal do Amapá- UNIFAP- Campus Binacional do Oiapoque.


Doutoranda em Estudos Literários na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - Araraquara.


Membro do Núcleo de Pesquisa em Estudos Literários - NUPEL do CNPq.


Membro do comotê de pilotage do  Observatoire Hommes/ Milieux "Oyapock" - Centre National de Recherche Scientifique - CNRS.

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Publicado

2018-08-31

Edição

Seção

Dossiê Academia do Peixe Frito