TODOS FALAM, NINGUÉM OUVE:
AS FONTES DO G1 NA COBERTURA DAS ENCHENTES DE 2022 NO TOCANTINS
Palavras-chave:
Análise de Conteúdo, Racismo, Indígenas, WebjornalismoResumo
O presente artigo tem como objetivo principal investigar o enquadramento priorizado em 89 reportagens produzidas pelo G1 Tocantins, acerca das enchentes de 2021/2022, a partir das manchetes de tais publicações. Para isso, aciona enquanto metodologia a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011), de viés quanti-quali. O estudo examina os enquadramentos narrativos adotados e a representatividade dos indígenas nas manchetes de tais reportagens. Os resultados revelam que apenas 4% dos títulos das matérias analisadas fazem menção aos povos indígenas, os quais são retratados, exclusivamente, na condição de vítimas, sem reconhecimento de sua expertise ancestral ou protagonismo discursivo. A pesquisa problematiza essa invisibilização no jornalismo, evidenciando a reprodução de dinâmicas coloniais, que marginalizam saberes não hegemônicos. Diante desse cenário, o estudo reforça a necessidade de um jornalismo mais inclusivo e comprometido com perspectivas decoloniais, que reconheçam e valorizem vozes indígenas como fundamentais na construção de narrativas sobre desastres ambientais e políticas públicas.
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