A HORA E VEZ DO HOMEM DO JUMENTO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/asas.v16i2.1926

Palavras-chave:

Guimarães Rosa, Sagarana, Recepção.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo fazer uma leitura de “A hora e vez de Augusto Matraga”, uma novela de Sagarana (1983) de João Guimarães Rosa, assim como, por conseguinte, analisar a recepção dessa novela com base em três textos, a saber: Rolim (2005), Sousa (2014) e Oliveira (2015). Ao tomar como base a ideia de Ricoeur (2013), sobre o mundo do texto, bem como a de que o texto literário seja de natureza discursiva, concretizando-se como um evento; a ideia de Jauß (1994a/1994b) de que o texto literário não surge num vácuo, pois não é de todo estranho ao seu público, bem como sua ideia de que a experiência estética se divide em dois momentos, um de identificação e outro de crítica (JAUß, 1974); da mesma maneira como consideramos a ideia de Candido (2015) sobre a paradoxal existência do personagem; dentre outros pensamentos. Com base nessas ideias, visamos discutir a recepção da novela que apontamos como nossa base de análise e discussão.

Biografia do Autor

Antonio Daniel Félix, Universidade Federal do Pará

Graduado em letras (IFPA); Mestrando em Letras (UFPA); Bolsista CAPES; Membro do grupo de pesquisa EELLIP.

Sílvio Augusto de Oliveira Holanda, Universidade Federal do Pará

Pós-doutor em Estudos Românicos (UFPA); Coordenador do grupo de pesquisa EELLIP/UFPA.

Referências

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Publicado

2019-12-18

Edição

Seção

Dossiê: LITERATURA, LEITURA E RECEPÇÃO