O FENÔMENO DAS FESTAS DE APARELHAGEM: EXPERIÊNCIAS, GREGARISMOS E CONTRADIÇÕES

Autores/as

  • Andrey Faro de Lima Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará.
  • Edgar Monteiro Chagas Junior Universidade da Amazônia

DOI:

https://doi.org/10.17648/1415-7950-v16n1-1677

Palabras clave:

festas de aparelhagem, Belém do Pará, festa, periferia.

Resumen

Durante os anos 2000,uma profusão de eventos festivos itinerantes marcados pela presença e atuação de suntuosos aparatos eletrônicos, sonoros e visuais, notadamente,interpunhase ao cotidiano citadino de Belém do Pará. Eram as festas de aparelhagem, expressões que há muito já faziam parte do universo de práticas das camadas populares da capital e região, mas que, naquele momento, adquiriram notória visibilidade e projeção, tanto pela atenção despendida por muitos segmentos midiáticos, quanto pelo modo como passou a atrair novos entusiastas provenientes dos mais diferentes domínios. Publicamente, as festas de aparelhagem passaram a ser apresentadas como fenômeno pujante, dinâmico que, embora periférico, cada vez mais vinha invadindo ou conquistando os redutos da elite local. Neste trabalho, dedicamos-nos à construção de perspectivas mais microssociológicas em torno deste fenômeno, a partir das percepções, concepções e articulações do público entusiasta e dos sujeitos que representam as aparelhagens. Conforme se observou, a notória visibilidade experimentada pelas festas de aparelhagem implicou o surgimento de novas
assimetrias, hierarquizações e descontinuidades simbólicas e sociais decorrentes do modo como segmentos diversos vivenciaram este fenômeno, o que engendrou articulações, navegabilidades, configurações e territorialidades, características por parte de tais segmentos. As festas de aparelhagem, neste sentido, em seus desdobramentos, encerravam fronteiras que ao mesmo tempo,aproximavam e separavam domínios.

Biografía del autor/a

Andrey Faro de Lima, Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará.

Doutor, mestre e graduado em Ciências Sociais (PPGSA/UFPA), também é especialista em Preservação do Patrimônio Cultural e professor da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará. Desenvolve, coordena e contribui com pesquisas em antropologia e etnomusicologia que, especialmente, envolvem os seguintes temas: Música Popular, Festas Populares, Patrimônio Cultural, Performance, Colonialismo e Identidade na Amazônia, Brasil, América Latina e Caribe.

Edgar Monteiro Chagas Junior, Universidade da Amazônia

Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Pará. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagem e Cultura da Universidade da Amazônia.

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Publicado

2019-07-12