APROPRIAÇÃO CULTURAL NA UTILIZAÇÃO DA IMAGEM INDÍGENA EM CAMPANHA DE SUPLEMENTO ALIMENTAR

Autores

Palavras-chave:

Imagem indígena, Apropriação cultural, Indústria farmacêutica, Publicidade, Redes sociais

Resumo

A publicidade deve manter um espaço crítico para a veracidade entre suas interpretações e intenções. O presente artigo analisa a campanha da Sanofi Farmacêutica que utilizou símbolos de povos indígenas em posts patrocinados no Instagram para o suplemento alimentar Enterogermina. O estudo discute a apropriação cultural, utilizando conceitos de Bhabha (2018) e Said (2010), e sua capacidade de distorcer significados e perpetuar estereótipos. A análise inclui o contexto da cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, apoiada pela ação. A discussão inclui a consciência política de Sontag (1997), valores culturais de Machado (1984) e a contemporaneidade indígena de Krenak (2017). Utilizando a análise do discurso e o conceito de policromia de Souza (2018), o artigo argumenta que a campanha violou diretrizes da ANVISA e do CONAR e conclui que a empresa visou mascarar o lucro obtido ao apoiar uma comunidade socialmente vulnerável.

Biografia do Autor

Michele Pucarelli, Universidade Federal Fluminense

Professor do Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano (PPGMC), ambos da Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Pesquisador do Grupo de Pesquisa: Multis, Núcleo de Estudos e Experimentações do Audiovisual e Multimídia, CNPq. Coordenador do projeto de extensão LIEX: Laboratório de Imagens Expandidas.

E-mail: michelepucarelli@id.uff.br / ORCID: http://orcid.org/0000-0001-9345-4463

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Publicado

2025-12-11